As microalgas são organismos geralmente microscópicos, unicelulares, coloniais, filamentosos, pseudoparenquimatosos e sifonados que podem ser encontradas nos habitats mais diversos, apresentando, por vezes, uma grande plasticidade de adaptação a condições adversas. Tratando-se de seres autotróficos têm a capacidade de utilizar o dióxido de carbono (CO₂), água e luz para a formação da sua biomassa e de libertar oxigénio (O₂), renovando e purificando o ar atmosférico.

As microalgas, ricas em proteína vegetal, aminoácidos essenciais, ácidos gordos polinsaturados, minerais, vitaminas, carotenóides e pigmentos, têm aplicações em áreas tão diversas como: alimentação, farmácia, cosmética, medicina (efeitos antioxidantes, imunológicos, anticancerígenos, entre outros), biorremediação ambiental e biofertilizantes. Atualmente são alvo de investigação por parte de entidades públicas e privadas de todo o mundo, com vista à produção de biodiesel como combustível alternativo aos derivados do petróleo.

Tendo em conta a enorme diversidade microalgal, o conhecimento das características morfológicas e/ou fisiológicas inerentes a cada espécie ou estirpe, poderão contribuir para uma eventual otimização dos resultados nas aplicações atrás referidas.